O postilhão dos Andes
Com um pouco de atraso acabo de ver essa matéria do Jornal da UFRGS, que está no link:
http://www.ufrgs.br/comunicacaosocial/jornaldauniversidade/122/pagina11.htm.
Eu faria pequenos reparos, entre eles a questão de que o Canal Beagle seria uma passagem segura entre o Atlântico e o Pacífico, questão central para os Estados Unidos. A corrida ao ouro da costa oeste precisaria de uma via de escoamento e a viagem por terra era simplesmente impensável. Pelo mar, o caminho pelo Ártico, a chamada passagem noroeste, ainda não era realidade - e só se tornou comercialmente viável neste ano de 2010 (por motivos lamentáveis, ligados ao derretimento do gelo no Ártico).
A Inglaterra tinha todo o interesse em ter uma via alternativa ao Estreito de Magalhães, dominado originalmente por canhões espanhóis. A independência das colônias ibéricas na América era interessante para a Inglaterra e inspirou uma série de reações (entre elas a Doutrina Monroe). De qualquer forma, o mapeamento da região era estratégico e a longitude do Rio de Janeiro permanecia ainda controversa. O Beagle, com seus 22 cronômentros H-4 e a dedicação compulsiva do capitão FitzRoy com a precisão, foram pioneiros na determinação precisa das longitudes da América do Sul.
Assim, eu diria que o desafio de apresentar uma aula magna para uma platéia diversificada foi muito estimulante. Foi necessário tratar de história, geografia, sociologia e... biologia evolutiva!
Assim que tiver um tempo, pretendo escrever um texto sobre essa palestra. Quem quiser assisti-la, pode contar com a contribuição de uma boa alma que teve a paciência de filmá-la e a postou em partes no You Tube. Com as palavras-chave Darwin, Bizzo e Andes o vídeo é fácil achar.
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