quinta-feira, 26 de maio de 2011
José Cláudio e Maria do Espírito Santo
Nunca imaginei que teria feito uma postagem tão importante, como a última. Ao viajar pelo interior do Pará, acompanhando a discussão do Código Florestal, é impossível não perceber a dimensão do poder econômico na fronteira agrícola deste país. O assassinato de dois líderes do assentamento extrativista de Nova Ipixuna, José Cláudio Ribeiro da Silva e de sua esposa, Maria do Espírito Santo, anteontem (24 de maio), deixa claro como se resolvem os conflitos do campo e que apenas uma força armada do governo federal pode de fato conter não apenas a derrubada da floresta, mas também os covardes assassinatos no campo. José Cláudio já manifestara seu desejo de ser enterrado ao pé de uma certa castanheira, chamada carinhosamente por ele de "Sua Majestade". A cada dia que passa, mais camponeses mortos têm cada vez menos castanheiras vivas para acolhê-lhos no sono eterno. Que pelo menos nossas autoridades não fiquem adormecidas diante das listas da Comissão Pastoral da Terra, com os ativistas ameaçados no campo !
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