Uma postagem recente em um blog [redigite em seu buscador http://biogeomazonica.blogspot.com] traz comentários sobre um artigo recentemente publicado no boletim da sociedade lineana. A questão central se refere a algumas questões-chave que Wallace teria abordado e que seriam conceitos-chave para a teorização que darwin vinha fazendo.
De fato, existe uma "zona cinzenta" nesse episódio, uma vez que a carta de 1858, na qual Wallae encaminha o original de seu trabalho a Darwin, nunca foi encontrada, embora o ensaio que a acompanhava tenha sido publicado conjuntamente.
Minha opinião até o momento, expressada diversas vezes em diversos escritos e palestras, é a de que o contato entre Darwin e Wallace sempre foi amistoso, desde o primeiro contato pessoal que tiveram, em um encontro acidental na seção de insetos do Museu Britânico, antes da famosa viagem de Wallace ao arquipélago malaio. O artigo com a chamada "Lei de Sarawak" foi elogiada por Darwin, que o tinha remetido a Lyell, o qual lhe dissera ter admirado o escrito. Essa notícia, dada a Wallace por Darwin por carta, foi um estímulo para que ele continuasse a refletir sobre a questão. Isso, em si, não configura nenhum tipo de apropriação, mesmo porque a "lei" em si não trazia nenhum fato absolutamente novo. A questão da extinção das espécies já era conhecida de há muito e os próprios Darwin e Lyell tinham tido contato com a chamada "Analogia de Brocchi", publicada em 1814, na qual o princípio da existência limitada das espécies no tempo geológico, em termos absolutamente modernos, já era anunciada.
No blog acima é possível encontrar o link do trabalho novo, que vou ler, convidando os leitores a fazerem o mesmo a fim de retomar o assunto adiante.
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